Sepultura viva

16:12

Um olhar desolado,levado ao abismo de uma alma flagelada pelos afagos de um choro correndo palavras desumanas que vinha e ia como uma roda viva de cortes no pulso,uma dor que  atormentava,uma dor sangrenta que dilacera o meu ser ,um ser que não sabes quem es ,es uma coisa,um pingo no espaço,um insignificante projeto de ser humano,talvez uma criação malfeita de gente que tem que se sustentar numa sobrevivência poética ,es que sua reação é se cortar,sangrar ,sentir uma dor maior que o sofrimento de uma vida não consentida .Não é frescura ,é sentimento,é coragem de perceber  uma prisão de uma alma alucinante,talvez masoquista,diluída numa sincope depressiva sentida,vivida e relida.O ponto de continuação dessa salaz sepultura viva que depende do curso do mar de palavras que vem a ser ditas e que querem sacralizar o sofrimento dessa santa alma,e a mesma tem domínio próprio que irão pervagar numa imensidão escura borrifada pela sagacidade de um possível fim de um não.


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